Antes de falarmos especificamente sobre o câncer de mama, iremos explicar o que é um câncer e porque ele ocorre.
Toda célula possui “instruções” sobre a sua função, ou seja, ela sabe que ao nascer, deve crescer, se dividir, exercer sua função e morrer. Esse processo de renovação das células ocorre durante toda vida, porém, por alguma falha genética, algumas células recebem “instruções” erradas. Isso faz com que ela se multiplique de forma acelerada e desorganizada, o que ocasiona um acúmulo de células em uma determinada região do corpo. Este acúmulo é chamado de tumor e quando maligno, é chamado de câncer.
Além do crescimento desorganizado, essas células não exercem suas funções corretamente, ou seja, conforme as células cancerígenas substituem as células saudáveis, o órgão invadido perde sua funcionalidade aos poucos. Por exemplo, a invasão dos pulmões gera insuficiência respiratória.
Este conceito básico ocorre em todo ser vivo, seja humano, cachorro, gato, pássaro, enfim.
O câncer de mama
Assim como em humanos, o câncer de mama é bastante comum em cadelas e gatas. O motivo pode ser bastante variado, seja pelo uso de meios contraceptivos (injeções hormonais), ou pelo consumo excessivo de alimentos com corantes e conservantes, ou até mesmo pela poluição das grandes cidades.
Geralmente o câncer de mama afeta animais fêmeas que não tenham sido castradas e que com idade mais avançada (a partir dos 6 anos). O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura durante o tratamento e o exame de toque também é um aliado muito importante nos pets. Para fazer é bem simples, é necessário que o animal esteja relaxado e de preferência de barriga para cima. De forma suave, apalpe todas as mamas e observe a presença de pequenos nódulos, caroços ou inchaços, secreção nas mamas ou sinais de dor. Em animais peludos, recomenda-se a tosa para que pequenos inchaços possam ser notados mais facilmente. Se detectar algo estranho, visite um médico veterinário para um exame mais minucioso.
Caso seja confirmado o quadro clínico de câncer de mama, o animal provavelmente passará por uma sequência de exames complementares e encaminhado para a cirurgia de remoção parcial ou total da cadeia mamária. Como um complemento ao tratamento, alguns animais poderão ser encaminhados para a quimioterapia.
Vale ressaltar que os procedimentos de diagnóstico e tratamento citados acima são os mais comuns, mas não significa que o seu animal deverá passar por todos eles. Cada caso é um caso e cabe única e exclusivamente ao médico veterinário determinar qual o melhor procedimento para o seu pet.
O fato é que a melhor maneira de prevenir o câncer de mama é a castração antes do primeiro cio.
Estudos apontam que a castração reduz o risco em até 91% em cadelas e até 95% em gatas. Portanto, esqueça o mito de que castrar não adianta em nada, ou que a fêmea deve ter um cio ou uma ninhada antes da castração. Quanto antes, melhor, e na dúvida, sempre consulte um médico veterinário.
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