O câncer é a principal causa de morte de cães e gatos em países desenvolvidos. Só de ouvir a palavra “câncer” já dá um arrepio, não é mesmo? Mas calma, quanto antes diagnosticado, maiores são as chances de cura.
Antes de falar quais os tipos de câncer mais comuns, vamos relembrar como um tumor se forma, a diferença entre maligno e benigno e quais as causas.
O início
As células do nosso corpo seguem um fluxo de renovação celular constante, ou seja, elas nascem, se reproduzem e morrem. O mais incrível nesse processo é que cada célula já nasce sabendo qual a sua função, por exemplo, uma célula do pulmão sabe que deve filtrar o ar.
O problema começa quando durante este processo de renovação uma das células não executa sua função. Usando o exemplo da célula do pulmão, ela deixa de filtrar o ar.
Essas células são chamadas de cancerosas e se multiplicam de forma mais acelerada do que as células saudáveis, que com o tempo são substituídas pelas células cancerosas e o funcionamento do órgão fica comprometido. Isso gera um acúmulo de células conhecido como tumor.
O tumor pode ser maligno ou benigno.
O benigno não é tão agressivo e pode ser removido através de cirurgia.
Já o maligno é mais agressivo, tem a capacidade de invadir outros órgãos e a cura depende do estágio e dos tratamentos adotados.
De forma geral, as causas do câncer não são bem claras mas há sim alguns fatores que influenciam no surgimento da doença. Alguns exemplos são a pré-disposição genética, a não castração, a poluição, alimentação irregular e exposição ao sol.
Câncer de mama
Engana-se quem pensa que o câncer de mama acomete apenas seres humanos mulheres, infelizmente, esta doença afeta sim cães e gatos, inclusive animais machos, apesar de ser raro.
Em cadelas, 70% dos casos são malignos e em gatas este percentual sobe para 90%.
Porém quando o animal é castrado, a chance de desenvolver este tipo de câncer cai 90%, ou seja, a castração é muito eficaz.
Além dos exames periódicos, uma forma de identificar o câncer de mama é através do exame de toque, bem parecido com o autoexame que as mulheres fazem.
Para fazer você precisa deitar seu pet de barriga pra cima e apalpar suavemente cada uma das mamas do animal. Você deve procurar por vermelhidões, secreção, caroços, sinais de dor e inchaço das mamas. Se o seu pet for peludo, sugiro que raspe a barriguinha para facilitar. Caso identifique algo estranho, leve o seu pet ao médico veterinário o quanto antes.
Imagem 1: cadela com câncer de mama. Imagem 2: cachorro com neoplasia testicular. Imagem 3: felino com câncer de pele.
Câncer de testículo
Bastante comum, principalmente a partir dos 10 anos de idade, este tipo de câncer acomete também os animais que possuem os testículos na cavidade abdominal, ou seja, os testículos não desceram para o saco escrotal. Aliás, animais nesta condição tendem a desenvolver tumor maligno, enquanto os animais com os testículos normais, o tumor benigno.
Assim como as causas desta doença não são claras, os sinais clínicos também não, por isso é difícil identificar a doença na fase inicial. De forma geral, fique atento ao surgimento de caroço ou inchaço dos testículos e dor na região e incomodo ao andar.
Câncer de pele
Na verdade, o termo “câncer de pele” abrange diversos tipos de tumores, isso porque a pele é o maior órgão do corpo e com diversos tipos de células susceptíveis ao desenvolvimento de tumores. Alguns exemplos são: melanoma, mastocitoma e lipoma.
A diferença entre eles é o tipo de célula afetada pela doença e, consequentemente, as características de cada um.
A causa deste tipo de câncer é muito mais genética do que a exposição ao sol, mas apesar disso, alguns cuidados são bem-vindos. Evite passear com o animal nos horários de maior incidência de raios solares e faça uso de protetor solar pet quando for fazer passeios ao ar livre como praias e trilhas.
Quanto aos sinais, fique atento a feridas que demoram para cicatrizar, sangramentos, mudanças na cor da pele, secreções e nódulos.
Estes são os 3 tipos de câncer mais comuns e vale ressaltar que o tratamento em cada um deles varia de acordo com o estágio da doença e das condições gerais de saúde do animal. Cabe somente ao médico veterinário avaliar e indicar o melhor tratamento.
Aqui fica um alerta para tutores de gatos. Eles são animais que demoram a demonstrar que algo não está bem e quando fazem isso, geralmente, a doença já está mais avançada. Por isso é importante conhecer bem o seu animal e fazer visitas periódicas ao médico veterinário.
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