Origem
A raça é originária da Tibet, uma região autônoma da China e muito conhecido por possuir um dos climas mais hostis do planeta, além de abrigar parte do Monte Everest, o monte mais alto do mundo. O Lhasa Apso recebeu este nome porque Lhasa é a capital do Tibet e Apso faz referência a uma cabra da região que possuía pelos bem similares ao do cãozinho.
Durante séculos a criação da raça foi exclusividade dos monges budistas que viviam isolados nos monastérios das montanhas. Isso porque eles acreditavam que o cão era sagrado por trazer sorte e coisas boas, além de conseguir prever avalanches, algo que é de muita ajuda quando se vive em uma região montanhosa e com muita neve.
Por serem sagrados, eles viviam nos templos budistas junto aos monges, eram muito bem tratados e nunca comercializados.
Alguns exemplares da raça poderiam ser dados de presente em sinal de extremo respeito. Tanto é que a raça só chegou a outros continentes em 1920, na Inglaterra.
Por lá, a raça foi confundida com outros cães orientais peludos e todos foram chamados de “Lhasa Terriers” e só alguns anos mais tarde a raça foi separada dos Terriers Tibetanos e em 1933 foi criado o clube da raça Lhasa Apso na Grã-Bretanha.
Imagem 1: Monge com Lhasa Apso / Imagem 2: Terrier Tibetano
Características
Sobre suas características físicas, o Lhasa é um cão de pequeno porte, atingi cerca de 25cm de altura, peso médio de 7kg e expectativa de vida de 12 a 16 anos.
É um animal robusto, seus pelos são abundantes, lisos e levemente ásperos. Possui uma variedade grande de cores, passando pelo dourado, bege, cinza, preto e branco, podendo ser de uma única cor ou multi-colorido.
Seus olhos são redondos e diferente do Shith tzu, não costumam ser estrábicos.
Imagens: Exemplares de diversas cores.
Personalidade
A personalidade do Lhasa é um misto de características. Ele é desconfiado e até indiferente com estranhos em um primeiro momento, mas se mostra amigável e disposto a fazer novas amizades.
Com o tutor ele é muito apegado e protetor, por isso é importante impor limites para que ele não se torne ciumento, possessivo ou desenvolva ansiedade de separação.
Não é um animal de latir à toa, por isso os monges budistas sabiam que quando ele latia era sinal de alerta e essa característica é presente até hoje no animal.
É uma raça que adora brincar e por isso se dá super bem com crianças e outros animais, mas pra isso é importante socializar o animal desde pequeno e, devido a sua desconfiança com estranhos, uma pitada de paciência cai bem durante esse processo.
Apesar de gostar de brincar, não é um pet com muita energia se comparado a outras raças. Nada do que um passeio diário ou uma creche pet não dê conta. Aliás, se você é do tipo aventureiro que gosta de fazer trilhas com seu cão, saiba que o Lhasa Apso provavelmente irá preferir um cochilo confortável em casa enquanto você se aventura.
Cuidados Gerais
Quanto aos cuidados que a raça demanda, não podemos deixar de falar dos pelos. Muitos tutores gostam de deixar os pelos longos mas saiba que isso pede escovação frequente para que os pelos não embolem ou então banhos e tosas para manter tudo em ordem.
Justamente por conta dos pelos longos é comum o Lhasa molhar as orelhas quando bebe água e isso pode causar a proliferação de fungos e bactérias e gerar uma otite, por exemplo.
Pra evitar esse tipo de problema, você pode optar por um bebedouro específico para cães com essas características ou então limpar as orelhinhas frequentemente.
Os olhos do Lhasa também precisam de atenção. Por serem levemente expostos, o olho seco e o olho de cereja podem afetar o animal.
O Lhasa Apso é braquicefálico, ou seja, possui o focinho achatado e por conta dessa condição sua respiração é um pouco mais difícil. Pode ser que ele ronque ou tenha outros problemas respiratórios ao longo da vida. Durante os passeios é importante respeitar o limite do animal para que ele não se canse demais, principalmente no verão. Dê preferência por passeios antes das 10h da manhã e no final da tarde, após as 16h.
Fora esses cuidados mais específicos é necessário manter as vacinas em dia e realizar check-ups anuais.
Lembre-se sempre de pesquisar por canis de confiança, que trabalham de forma legalizada e que respeite os animais. Não compre filhotes de origem duvidosa e caso encontre algum canil clandestino, denuncie.
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